O que esperar de “Segundo Sol”, nova novela das nove que estreia hoje

Foto: TV Globo / Divulgação
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Pará, Tocantins e, agora, Bahia. Segundo Sol, nova novela da Globo que estreia hoje na faixa das 21h, segue na pegada de suas antecessoras – A Força do Querer e O Outro Lado do Paraíso – e se desloca do eixo Rio-São Paulo  para o Norte-Nordeste do país para contar uma história regada a grandes amores, vinganças e, principalmente, recomeços.

Autor do sucesso Avenida Brasil (2012), João Emanuel Carneiro volta ao horário nobre da emissora acompanhado de um elenco de peso: Giovanna Antonelli, Emilio Dantas, Deborah Secco, Vladimir Brichta e Adriana Esteves – a eterna Carminha – estão no núcleo principal do folhetim.

Embalada por uma regravação do grupo BaianaSystem para a canção O Segundo Sol, que marcou época na voz de Cássia Eller, a novela é focada nas segundas chances da vida. A história começa em Salvador, em 1999, quando o cantor de axé Beto Falcão (Emilio Dantas) está com a carreira em decadência e é dado como morto num acidente aéreo. Pressionado pela namorada, Karola (Deborah Secco), e pelo empresário e irmão Remy (Vladimir Brichta), o músico decide lucrar com a tragédia e se esconde numa ilha. Nesse lugar paradisíaco, Beto se apaixona por Luzia (Giovanna Antonelli), uma mulher simples e batalhadora. Mas o que era para ser um grande amor vivido intensamente se transforma em um relacionamento complicado: as armações de Karola e sua mentora, Laureta (Adriana Esteves), mudam os rumos do casal.

Separados por conta das armadilhas das vilãs, eles seguem caminhos de vida distintos – Luzia, inclusive, é obrigada a deixar o país e a abandonar os filhos. A trama avança quase 20 anos no tempo e salta para os dias atuais, mostrando a personagem transformada: de volta ao Brasil para retomar a vida e reconquistar sua família, ela agora é uma DJ e atende pelo nome de Ariella.

– Falo que faço uma mulher, não uma mocinha. É guerreira, de fibra, mãe, leoa. Vai para o fundo do poço, sofre muitas perdas – disse Giovana no lançamento da novela nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro.

A força de Luzia/Ariella está na vontade de se reaproximar dos filhos. Na trama, as questões familiares – do amor incondicional a graves problemas de relacionamento – são tratadas em diferentes núcleos. O motorista Roberval (Fabrício Boliveira) descobre ser filho do patrão e se afasta da mãe, a empregada Zefa (Claudia Di Moura), e de seu pai, Severo (Odilon Wagner). Já a família Falcão, capitaneada por Naná (Arlete Salles) e Dodô (José De Abreu), também precisa aprender a lidar com as diferenças entre seus filhos Beto, Remy, Ionan (Armando Babaioff) e Clóvis (Luis Lobianco). Deborah Secco participa por tabela do clã Falcão, já que é namorada de Beto – e amante de Remy. Maior vilã da carreira da artista desde a polêmica Íris, de Laços de Família (2000), Karola não parece estar tão interessada assim em criar raízes, explica a atriz:

Foto: TV Globo / Divulgação

– Amor, família e elos são temas importante na vida das pessoas e a novela vai tratar disso. Existem amores tortos, claro. No meu caso, a Karola é má mesmo, interesseira, nada justifica o que ela faz. Na verdade, ela quer é ser rica.

Elenco mergulhou na cultura nordestina

As gravações de Segundo Sol, novela com direção geral de Dennis Carvalho e Maria de Médicis, começaram em março pelo sul da Bahia. Por mais de um mês, os atores e a produção ficaram imersos na cultura local – as cenas contam com cenários como Porto Seguro, Trancoso e Salvador. Sobre o sotaque, Dantas revela que buscou influências na sua própria história:

– Namorei com uma baiana algum tempo, então lembrei de muitas coisas que ela falava. Peguei Raulzito (Raul Seixas), que era um ídolo meu e já era ligado no sotaque dele. O meu personagem também canta de fato. Axé Pelô é o grande sucesso dele e tem a minha voz mesmo.

Justamente por ter o Estado nordestino como cenário, uma polêmica tomou conta das redes sociais desde os primeiros teasers da novela: a falta de negros na trama que se passa em um dos lugares com o maior número de pessoas autodeclaradas negras ou pardas do país. A Globo emitiu nota sobre o caso e afirmou que “de fato, ainda tem uma representatividade menor do que gostaria e vai trabalhar para evoluir com essa questão “. Um dos únicos negros do elenco, Boliveira se posicionou sobre a discussão:

– Acho que o público está propondo esse diálogo de forma inteligente. Estão querendo falar sobre representação. É importante.

Ainda integram o elenco nomes como Chay Suede, Luisa Arraes, Francisco Cuoco, Thalita Carauta, Roberta Rodrigues, Cássia Kis, Caco Ciocler e Fabíula Nascimento.

  • Fonte: G1
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