Policiais e empresários são presos na 6ª fase da Operação ‘Fênix’ em MG e GO

Mandados de prisão foram cumpridos em Uberlândia, Uberaba e Itumbiara. Ação do Gaeco de Uberlândia foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (7).

Documentos e materiais para falsificação foram apreendidos durante a 6ª fase da 'Fênix' (Foto: G1)
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Dois policiais civis de Uberlândia, um empresário do setor atacadista de Uberaba e outro de Itumbiara, no interior de Goiás, estão entre os presos da 6ª fase da Operação “Fênix”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia na manhã desta quinta-feira (7).

Ao todo foram expedidos 23 mandados de prisão preventiva e um de prisão temporária contra 13 investigados, além de 13 mandados de busca e apreensão nas três cidades. Apenas um dos investigados não foi localizado durante o cumprimento do mandado em Uberlândia e permanece foragido.

Os mandados foram cumpridos com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar, Polícia Civil e a Receita Estadual. Entre os principais crimes investigados nesta fase estão falsificação de documentos e receptação de carga desviada. Além das prisões, houve apreensão de diversos documentos falsos e material para falsificação dos mesmos, cartões de crédito, uma arma de fogo e quantidade de droga ainda não informada.

‘Apate’

A operação desencadeada nesta quinta-feira, a partir da “Fênix”, foi denominada “Apate” em referência a um espírito da mitologia grega que saiu da caixa de pandora e personificava o engano. Segundo nota divulgada pelo Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Gaeco, a investigação teve como foco uma organização criminosa que contava com a participação de policiais civis e empresários, com o intuito de desviar cargas.

Em Uberaba, o alvo da operação foi o empresário José Elias da Silva, de 43 anos. Ele foi preso por policiais rodoviários federais no momento em que chegava à empresa localizada no Bairro Jardim Maracanã. O investigado informou à reportagem da TV Integração que não sabia o motivo da prisão e não quis gravar entrevista. Os nomes dos outros suspeitos não foram informados.

Os promotores de Justiça apuraram que houve desvio e receptação de cargas de milho, madeira e alimentos. Além dos desvios, a quadrilha é investigada por falsificar diversos documentos como o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), carteiras de habilitação e até boletins de ocorrência, no caso dos policiais alvos da operação.

Fênix

A “Operação Fênix” é um desdobramento de outras três operações distintas – Alibabá, Ouroboros e Efésios – e tem como foco das investigações denúncias de corrupção, roubo de cargas, entre outros crimes envolvendo policiais, empresários, advogados, traficantes e ladrões de carga. Na primeira fase, em dezembro de 2017, foram cumpridos mais de 200 mandados em três estados.

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