A onda de notícias falsas (fake news) pode colocar em risco as crianças. A má interpretação de uma informação pode ter reflexos até na vida adulta.
O fluxo de notícias falsas na internet ocorre desde que a ferramenta se popularizou e começou a ser acessada por bilhões de pessoas. No entanto, com a interferência desses boatos em questões importantes da geopolítica mundial, as chamadas fake news ganharam destaque e debate na sociedade. Hoje, comunicadores e autoridades discutem amplamente o assunto e tentam combater esse problema.
No âmbito doméstico, com crianças cada vez mais conectadas ao mundo virtual, o alcance das Fake News colocam os pequenos como alvos dessas informações falsas.
Fabiany Lima, CEO e fundadora da ferramenta psicossocial Timokids, alerta. A comunicação entre pais e filhos é fundamental para evitar problemas com as informações. Segundo ela, estar alerta aos sites e aos conteúdos que os filhos acessam na internet é fundamental.
A especialista também ressalta que incentivar a leitura e o censo crítico dos filhos, explicando a importância da ferramenta online e, ao mesmo tempo, os perigos que a internet pode oferecer, é uma saída pedagógica.
“Mais do que fiscalização, é importante consciência. E essa consciência se forma através dos exemplos e conversas off-line. Então, os pais precisam ter a internet como ferramenta, ela é útil, vai ser parte da vida das crianças, mas precisam preparar os filhos para enfrentar o mundo online.”
Fabiany Lima recomenda que os pais podem utilizar ferramentas para limitar o acesso a conteúdos impróprios.
Reportagem: Raphael Costa
WhatsApp começa a combater o Fake News
O aplicativo de mensagens WhatsApp vai passar a ter um limite de destinatários para o encaminhamento de mensagens. Segundo a empresa, de propriedade do Facebook, o objetivo com isso é reduzir a disseminação de notícias falsas. A novidade foi anunciada no dia 19 de julho pela empresa por meio de seu blog institucional.
O Whatsapp é a segunda maior rede social do planeta, com 1,5 bilhão de usuários. A plataforma perde apenas para o Facebook, com 2,2 bilhões de pessoas inscritas. No Brasil, são mais de 100 milhões de pessoas com o aplicativo.
Até antes da mudança, uma mensagem poderia ser repassada a até 250 chats (conversas, que podem ocorrer com pessoas ou grupos) de uma vez. Com a limitação, o número será de 20 chats quando alguém desejar encaminhar um texto recebido.
Fonte: EBC