O personagem Zé do Caixão, conforme Mojica contou em várias entrevistas, surgiu para ele durante um pesadelo, em que um homem de capa preta o arrastava para um túmulo.
A primeira aparição do Zé do Caixão no cinema foi em “À meia-noite levarei sua alma”, de 1964. Nos Estados Unidos, ele ficou conhecido como “Coffin Joe”.
Segundo o site oficial do personagem, Josefel Zanatas era o nome verdadeiro de Zé do Caixão. O coveiro era filho de um casal dono de uma rede de agências funerárias.
Por isso, o pequeno Zé do Caixão cresceu como uma criança muito sozinha e discriminada pelos colegas por causa da profissão dos pais.
A biografia ainda diz que Zé do Caixão é um “homem sem crenças, não acredita em Deus nem no Diabo, só acredita nele mesmo, acha que é o único que pode fazer justiça”.
O cineasta e ator José Mojica Marins, conhecido como Zé do Caixão em fotografia feita em 2001 — Foto: Agliberto Lima/Estadão Conteúdo
Com o sucesso, o personagem começou a ser confundido com o seu próprio autor. No anos 1990, o Zé do Caixão apresentou o “Cine Trash”, na Rede Bandeirantes.
Ele também comandou um programa de entrevistas no Canal Brasil, “O estranho mundo do Zé do Caixão”, que estreou em 2008 e teve sete temporadas.
Em 2014, José Mojica sofreu um infarto e passou por uma angioplastia e colocou três stents (bubos de metal para melhorar o fluxo sanguíneo da artéria) no coração.
Ele voltou a ser internado no mesmo ano em razão de uma piora nas funções renais. Desde então, ele se manteve mais afastado da mídia.