Chegada de cepa da Índia dispara alerta em Minas e na capital

Paciente infectado pelo coronavírus chega a unidade de saúde da capital indiana: dados preliminares indicam que cepa que circula no país tem transmissão mais rápida (foto: Tauseef Mustafa/AFP)
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Paciente internado no Maranhão testa positivo para variante do coronavírus que assola país asiático. Autoridades de BH e MG reforçam necessidade de prevenção

A Índia vive um agravamento da pandemia, com cerca de 4 mil mortes diárias. Nas últimas semanas, a variante indiana B.1.617 do novo coronavírus foi detectada em outros 44

países de todos os seis continentes. E já chegou ao Brasil. Ontem, a Secretaria de Saúde do Maranhão confirmou o primeiro caso de pessoa infectada pela cepa indiana do coronavírus no país. O anúncio reforça o alerta país afora. E apesar de a cepa não ter sido identificada em território mineiro, a notícia põe em alerta especialistas e as secretarias de Saúde de Minas Gerais e municipal de Belo Horizonte. A ordem é não descuidar das medidas preventivas que todos já conhecem.

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, disse que ainda não havia sido informada oficialmente sobre a nova variante e que “não há evidências dessa variante em circulação em Belo Horizonte. Para a administração municipal, a hora é focar nas ações preventivas. “Uma nova cepa representa o mesmo vírus com pequena modificação genética e, por este motivo, é necessário manter as recomendações sanitárias, como o uso de máscaras, evitar aglomerações e lavar as mãos com frequência”, reforça.
Estevão Urbano lembra que, independentemente da cepa ou cepas – as que circulam mais intensamente no Brasil já são muito perigosas –, flexibilizações ou endurecimento das medidas de combate à COVID-19 acompanham os números. “Qualquer indício de aumento exige que as medidas sejam revistas”,  ressaltou.  Os números são acompanhados diariamente.
As autoridades apontam, ainda, a necessidade de adoção de medidas de distanciamento social para conter a propagação do coronavírus e minimizar o surgimento de mutações. É necessário impedir a circulação do vírus, sendo o distanciamento social e a vacinação, ferramentas importantes para controle da pandemia. “Muitas pessoas ainda não foram vacinadas e as que foram não vivem sob a incerteza da imunização diante novas cepas. As medidas não podem ser minimizadas. Não é porque vemos outros países nessas condições que podemos achar que aqui a situação é a mesma. Estamos longe disso, os índices são muito altos”, disse Estevão.  O infectologista Unaí reforça: “A ‘boa notícia’ é que a máscara, as medidas de proteção como, evitar aglomeração e lavar as mãos são suficientes para impedir a infecção.”

444.094 mortes no Brasil

O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia no Brasil atingiu 15.894.094, conforme nova atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada ontem. O país tem 1.064.038 casos ativos, em acompanhamento. Em 24 horas, foram confirmados 82.039 diagnósticos.  Já o número de mortes chegou a 444.094. As autoridades de saúde registraram entre quarta-feira e ontem 2.403 novas vidas perdidas para a COVID-19.  Ainda há 3.712 óbitos em investigação. O número de pessoas que se recuperaram da doença desde o início da pandemia totalizou 14.385.962. Isso equivale a 90,5% do total de pessoas que foram infectadas com o vírus.
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