Avanço da imunização contra covid já reduziu número de óbitos e internações em Minas
O governador Romeu Zema anunciou, nesta quinta-feira (8/7), a antecipação do calendário de vacinação da população mineira maior de 18 anos contra a covid-19 para setembro. De acordo com a nova previsão, as pessoas com idade de 40 a 54 anos serão imunizadas ainda neste mês de julho. Já a população entre 25 e 39 anos serão vacinadas em agosto, enquanto os adultos de 18 a 24 anos receberão pelo menos a primeira dose da vacina em setembro.
“Vamos adiantar o calendário para que todos os mineiros maiores de 18 anos sejam vacinados até setembro. A união de esforços está possibilitando acelerar a maior operação de vacinação da história de Minas. Continue se protegendo e quando chegar sua vez, vacine”, afirmou o governador, via Twitter.
A antecipação do calendário de vacinação em Minas foi detalhada pelo secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, durante coletiva de imprensa na Cidade Administrativa nesta quinta-feira. Segundo ele, o adiantamento foi possível a partir da previsão de que a União irá receber, até agosto, cerca de 80 milhões de doses da vacina da Pfizer. Cerca de 10% deste total deverá ser encaminhado a Minas Gerais, além das doses de outros fabricantes.
“Apresentamos o novo calendário de vacinação, trazendo para setembro a previsão de todo mineiro adulto recebendo pelo menos a primeira dose. Isso só foi possível pela previsão de adiantamento de entregas de doses da Pfizer, em especial, ao Ministério da Saúde. Diante desta nova previsão estabelecida, o Governo de Minas traz esta nova previsão de vacinação dos grupos por idade. Anteriormente a gente terminaria a vacinação de todo mineiro adulto até 18 anos em outubro, e desta forma a gente conseguirá adiantar a vacinação. É uma boa notícia”, afirmou o secretário de Saúde.
No último dia 3 de julho, Minas recebeu 867 mil novas doses dos imunizantes contra covid. Está prevista para a próxima sexta-feira (9/7) a chegada de mais 351 mil doses, sendo 271,4 mil da Pfizer e outras 79,6 mil da Coronavac. Ao todo, o Estado já recebeu pouco mais de 15 milhões de doses, das quais 10,5 milhões já foram aplicadas na maior operação de vacinação da história mineira.
Eficácia das vacinas
O secretário de Saúde ressaltou que, com o avanço da vacinação da população, está sendo observada uma clara melhora no cenário da pandemia em Minas, com a redução do número de óbitos e internações. A taxa de incidência da doença, que demonstra a circulação do vírus na sociedade, teve queda de 29% na última semana e de 36% nos últimos 14 dias.
Baccheretti reforçou que todas as vacinas que estão sendo aplicadas no país são seguras e que as pessoas não devem escolher os imunizantes, e sim respeitar a fila. Além disso, ele lembrou que é importante se atentar à data da aplicação da segunda dose e que não se deve receber mais vacinas do que o recomendado.
“Os índices vêm melhorando, há uma dissociação entre incidência e casos graves, mostrando a eficácia da vacinação, de todas as vacinas. Por isso é importante ressaltar que não se deve escolher vacina, se deve vacinar no momento que for a sua vez com a vacina que estiver disponível, e não tomar mais do que as doses preconizadas. Não se deve escolher as vacinas, deve se tomar a segunda dose quando for a hora e jamais tomar outra vacina de outro laboratório, indo totalmente contra todos os estudos estabelecidos e, obviamente, recebendo a vacina de outra pessoa que ainda não recebeu”, reforçou.
Índices
Atualmente, a ocupação de leitos de UTI Covid em Minas é de 68%. No último mês, o número de pacientes aguardando uma unidade de terapia intensiva caiu de 227 para 54, graças à ampliação no número de leitos e também à redução da circulação do vírus.
A mortalidade por faixa etária a cada 100 mil habitantes também apresenta uma queda expressiva, especialmente entre os grupos imunizados. Na faixa etária com 80 anos ou mais, a taxa de mortalidade caiu de 12% para 10% desde o início da pandemia. Já nos grupos que possuem entre 70 e 79 anos, a redução foi de 43% para 28%. Entre as pessoas que têm entre 60 e 69 anos, a queda foi de 24% para 19%.