Com apoio do Governo de Minas, Usina Coruripe investiu quase R$ 450 mi para a linha produtiva, com 1 mil trabalhadores contratados durante as obras
O trabalho do Governo de Minas para atrair investimentos e gerar empregos e renda para os mineiros acaba de colher mais um fruto. Nesta quinta-feira (21/3), em Limeira do Oeste, no Triângulo Mineiro, a Usina Coruripe – uma das maiores empresas do setor sucroenergético do país – inaugurou uma linha de produção de açúcar VHP (bruto, mais escuro e menos úmido, com cor semelhante à do mel), para aumentar a capacidade de moagem. Em mais uma ação em parceria com o Estado para incentivar a expansão do segmento, o empreendimento vai gerar 250 empregos diretos, além dos 1 mil trabalhadores contratados para a construção da fábrica.
“Eu acho que essa parceria da empresa com Minas Gerais é muito importante, pois só aumenta a nossa exportação de açúcar, principalmente para aumentar o consumo do álcool para nossa transição energética. Fico muito feliz com esse avanço. Estamos fazendo nosso dever de casa quando o assunto é o setor sucroalcooleiro, que contribui de tantas formas, principalmente para a energia renovável”, disse o vice-governador Professor Mateus, que acompanhou de perto a inauguração.
Com a nova linha de produção, a empresa vai ampliar de 1,5 milhão para 2,5 milhões de toneladas a capacidade anual de moagem de cana-de-açúcar, o que representa um acréscimo de produção de 187 mil toneladas de açúcar VHP por ano. Os investimentos, segundo a empresa, chegam perto de R$ 450 milhões, incluindo também a preparação de canavial próprio em 15 mil hectares de terras arrendadas e adaptação da destilaria da unidade para exportação de etanol.
De acordo com o presidente da Usina Coruripe, Mario Lorencatto, os investimentos contribuem para consolidar o Triângulo Mineiro como uma ‘nova e vibrante fronteira brasileira’ da indústria sucroenergética. “A região tem boas terras disponíveis e conta com logística favorável às exportações”, destacou. Vale lembrar que, até a safra de 2023, a fábrica produzia exclusivamente etanol voltado para o mercado interno.
“Investimentos assim contribuem para o desenvolvimento econômico da cidade. Ressalto ainda que o setor sucroalcooleiro é muito importante para o país”, completou o prefeito de Limeira do Oeste, Enedino Pereira Filho.
Também participaram do evento o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Fernando Passalio, entre outras autoridades.
Apoio ao setor
Em janeiro deste ano, o governador Romeu Zema sancionou a Lei nº 24.652, que instituiu a Política Estadual de Incentivo ao Consumo de Etanol. Seus objetivos são o fomento ao uso do combustível renovável e o fortalecimento do agronegócio e do setor sucroenergético.
Dentre os pontos de destaque, a nova lei estabelece que entidades e órgãos públicos devem priorizar o abastecimento de veículos flex com álcool. A mesma diretriz se aplica à frota adquirida por meio de recursos de emendas parlamentares individuais ou de bloco.
Outro aspecto relevante da norma é o apoio à criação de microdestilarias de base associativa, incentivando os agricultores associados a utilizar o etanol.
Cabe ressaltar, ainda, que o Governo de Minas tem trabalhado para proporcionar a expansão de empresas no estado não apenas nesse segmento, mas em diversos outros setores. O resultado desse esforço é que Minas alcançou a marca de R$ 114 bilhões em volume de investimentos privados atraídos em 2023, um recorde histórico desde 1998, e já soma R$ 390 bilhões desde 2019.
Sobre a Usina Coruripe
A Usina Coruripe, controlada pelo grupo Tércio Wanderley, com sede em Coruripe (AL) e fundada em 1925, é considerada uma das maiores empresas do setor sucroenergético no Norte e Nordeste do Brasil.
Com quatro unidades em Minas Gerais (em Iturama, Campo Florido, Carneirinho e Limeira do Oeste), uma em Alagoas (Coruripe) e um terminal ferroviário próprio em Iturama, a Usina Coruripe possui capacidade de moagem de 16 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, produz mais de 1 milhão de toneladas de açúcar, cerca de 500 milhões de litros de etanol, com capacidade de armazenagem de cerca da metade dessa produção, e comercializa energia renovável produzida a partir da queima de biomassa.