Animais estavam local irregular, sob estresse, expostos a doenças e magros; alguns apresentavam problemas cardiovasculares e lesões. Segundo a PM de Meio Ambiente, atividade prejudicava a regeneração de florestas e demais formas de vegetação. Proprietária do sítio foi conduzida.
Mais de 1.000 cabeças de gado foram encontradas em situação de maus-tratos em um sítio na zona rural de Uberaba, em uma Área de Preservação Permanente (APP). Por isso, além dos danos aos animais, a Polícia Militar do Meio Ambiente (PMMA) identificou que a atividade no local prejudicava a regeneração de florestas e causava o assoreamento — elevação em função do acúmulo de sedimentos e detritos — do Rio Uberaba. O caso foi registrado na quarta-feira (9).
A proprietária do local, de 51 anos, foi conduzida à Polícia Judiciária para providências administrativas. Conforme a PMMA, as medidas aplicadas serão decididas pela Secretaria de Meio Ambiente (Semam).
Procurada pelo g1, a Pasta informou que tem conhecimento dessa situação e já havia notificado a proprietária em diversas ocasiões, desde outubro de 2021, por diferentes infrações.
Os militares ainda informaram que a mulher foi autuada em R$ 2.385,15 e que os animais ficaram sob custódia devido à dificuldade de transportá-los. Cada animal foi avaliado em R$ 2.900,00.
Denúncia e levantamentos
A PMMA compareceu ao sítio após receber denúncias recorrentes de que ocorria maus-tratos aos animais e que as atividades provocavam o assoreamento do Rio Uberaba.
Ao chegarem à propriedade, que fica na LMG-798, os militares encontraram o gerente do sítio, de 67 anos, que autorizou a entrada da corporação e acompanhou a fiscalização ambiental. Uma médica veterinária e um auxiliar clínico acompanharam os militares na visita ao local.