O Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, afirmou, nesta sexta-feira (15), que cortar gastos da Cultura quando um país entra em uma crise econômica é uma “postura burra“. Segundo Leitão, justamente nesses períodos é fundamental fazer investimentos.
“Sempre que há uma crise econômica, a primeira coisa em que se pensa é em cortes. E a cultura sofre com isso porque é vista como algo secundário, não prioritário. Isso é uma postura burra. Não existe outra palavra para definir isso. Quando há perda de arrecadação é preciso pensar em aumentar essa arrecadação. E isso se faz de duas formas: reduzindo alíquotas de impostos e priorizando investimentos em atividades que gerem desenvolvimento econômico e arrecadação, como a cultura“, disse o ministro, explicando que quando os impostos aumentam, aumenta a sonegação e, consequentemente, cai a arrecadação.
O ministro disse ainda que o governo federal se sensibilizou com a questão da MP 841- que transfere recursos das loterias destinados à cultura para a segurança – e que técnicos da Cultura, da Fazenda e da Casa Civil estão buscando uma solução para não reduzir o orçamento da Cultura.
“Apresentamos uma proposta pra que os recursos da Caixa, que hoje passam pelo Tesouro e não são integralmente aplicadas na cultura sejam diretamente destinadas à pasta, sem contingenciamentos “, disse Leitão.
As afirmações foram feitas durante o seminário #culturagerafuturo, que anunciou uma série de investimentos para a área da cultura no Rio de Janeiro, como a reabertura do Ponto Cine e à construção do Centro de Interpretação do Cais do Valongo.
Leitão fez um balanço de sua atuação na pasta e disse que até o último dia no ministério “vai continuar lutando por políticas públicas que estejam de fato à altura da cultura brasileira“.
Nesta terça (12), além de Leitão, o ministro do Esporte, Leandro Cruz, já havia criticado a medida provisória do governo.