O número de casos de Ebola e mortes pela doença aumentou nas últimas semanas na República Democrática do Congo e um comitê de ética do país aprovou o uso de cinco novas drogas para o tratamento de Ebola no país. A informação foi divulgada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta quarta-feira, 6.
Casos e mortes
De acordo com relatório divulgado pela OMS, até o dia 3 de junho o Congo tinha 56 casos de Ebola e 25 mortes pela doença. Destes casos, 37 foram confirmados em laboratório, 13 são considerados prováveis (não foram testados em laboratório porque as pessoas morreram) e seis são considerados suspeitos.
Dos casos confirmados e prováveis, 25 são da região de Iboko, 21 de Bikoro e 4 de Wangata. Um total de 5 profissionais de saúde foram contaminados, com 4 casos confirmados e duas mortes.
Novas drogas
Os medicamentos foram aprovados dentro da categoria de uso compassivo: quando, dada à gravidade da condição, um comitê de ética aprova que medicamentos ainda não aprovados sejam utilizados em emergência.
Segundo a OMS, os médicos decidirão quando usar cada um dos tratamentos avaliando a gravidade dos casos e a aplicabilidade dos remédios. Os tratamentos podem ser realizados apenas com o consentimento dos pacientes e os protocolos sejam seguidos, com monitoramento e relato de eventos adversos.
Quatro das cinco drogas aprovadas já estão atualmente no Congo.
Vacina
Desde 21 de maio, 1199 pessoas foram vacinadas nas regiões mais críticas, de acordo com a OMS. O público-alvo da vacinação são os profissionais de saúde, pessoas que foram expostas a casos confirmados de Ebola e pessoas próximas a estas.
Esta vacina foi desenvolvida rapidamente durante a epidemia de 2014-16, mas ficou pronta tarde demais para ter um impacto significativo na época. Ainda não foi completamente autorizada para uso, mas, graças a esforços globais, foi provado que é segura para uso humano.
Além disso, a OMS, em conjunto com o governo do Congo, também tomou medidas para conter a propagação da doença para outras regiões e países. Ações na saída e entrada de pessoas do país são feitos com controle de temperatura, fornecimento de materiais para higiene das mãos e saneamento e desenvolvimento de procedimentos de alerta, investigação e encaminhamento.